Sento no banco do ônibus e começo a ler Eat, Pray, Love. Começo a ouvir uma música baixa que vai aumento aos poucos. E fico surpresa quando descubro que não é alguém ouvindo funk pelo celular. É alguém ouvindo Suddenly I see – não lembrava de quem era a música, apesar de saber cantá-la e de amar a letra. “She got the power to be, the power to give, the power to see”, tem como não gostar?!
Começo a cantar baixinho e a sorrir por for a e por dentro. Depois veio “Ainda bem”, da Marisa Monte. Teve “Patience” do Guns, “Deixa a menina sambar” do Chico e a última que ouço antes de descer do ônibus foi, pasmem, DEBUSSY! Sim, DEBUSSY, com “Clair de Lune”. Fiquei pasma, claro, e encantada, óbvio.
Acabo não vendo o ser iluminado que colocou essas músicas para tocar. Mas fui sorrindo a viagem inteira. E ok, tudo bem que algumas pessoas podem se incomodar com alguém escutando música alta – e realmente elas têm todo o direito de se incomodar – mas, porra, não é todo dia que você pode se dar ao luxo de ouvir um playlist assim enquanto está dentro do ônibus indo para casa!